quarta-feira, 21 de abril de 2010

Abertamente!

Vou abertamente confessar que não tenho tido tempo para escrever. Pena. Pena, pois escrever faz-me sair daqui e viajar para um sítio melhor. Pena que me sinta rodeada de estranhos. É pena."Temos pena."

Lidar com o Salvador e o seu feitio com o mesmo nível de dificuldade que o último nível daquele jogo que levamos 1 ano e meio a passar. Estudar, subir as notas. Os problemas que insistem em acordar-me de manhã e adormecer comigo. Organizar o fim do ano. Ignorar o passado e mais problemas. Tentar ser forte e feliz.

Tudo isto leva e tira tempo. Tudo isto faz pena. Pena porque escrever é viver e viajar. Tenho mesmo pena. E tenho-me sentido fraca...tão fraca e pequena.

No entanto, ainda tenho um (mau) génio bem desperto e que não me deixa escrever nenhum post que não tenha um pouco de "polpa". Partilho convosco uma frase que um professor meu disse e eu gostei muito:

"Eu sou muita coisa, nunca aceitei ser só uma."
É o que aconselho a todos, incluindo a mim. Nunca ser só uma coisa, ser abertamente(!) milhões de coisas.
MARGOT

terça-feira, 13 de abril de 2010

A planície.


Amigos e amigas:

como prometido exponho aqui, por meio de imagens, aquilo que foi uma escapadela maravilhosa.

Tenho de admitir que já fiz umas quantas viagens, já conheci alguns cantinhos do mundo..No entanto, há mais algo que tenho de admitir: nunca na minha vida vi paisagens mais bonitas e naturais como as que vi nesta província: (profundo) Alentejo.
Por isso, para aqueles que lá não residem fica aqui recomendado um pulo (obrigatório) até lá, para os que já lá residem recomendo que saiam de casa e disfrutem do sítio onde moram porque é m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o!

Aqui vai o testemunho:


Entardecer na Herdade da Figueirinha, onde passei duas noites.


Vinha da Herdade da Figueirinha.



A famosa Barragem do Alqueva

Serpa, onde fui comprar o queijo típico (altamente recomendado aos gulosos por queijo!)




Pormenor da Herdade, em Moura, onde fui comprar o famoso azeite típico da zona.








Centro de Beja, onde fui jantar ao "Alentejano" (por duas vezes)

Tanta calma e natureza junta faz-me pensar. Faz-me pensar tanto. Pensei em tantas coisas!
Vi tantas planícies...Verdes, amarelas, castanhas, amarelas-torradas, de todas as cores conforme o seu cultivo. E então vi, como era bom que tudo fosse uma planície. Ultimamente só tenho tropeçado em pedras, tenho-me perdido em curvas, tenho-me cansado a correr subidas bem íngremes e também tenho descido vales a grande velocidade.


Porque não antes deitar-me numa planície verde e macia e ficar-me por ali? Porque não andar por uma seara de trigo a ouvir o "Walking on sunshine"? Porque não apenas viver e deixar viver? Ter um simples período livre de problemas, receios e preocupações.

Descansar alegremente numa planície é o que eu quero. Estabilidade e conforto é o que preciso.

E no dia em que a minha planície formar relevos ou no dia em que aparecerem lá pedras...limito-me a mudar para outra. Mas desta vez com outra cor. Talvez amarela.



a muito rendida aos encantos do seu país,

MARGOT

domingo, 4 de abril de 2010

Indubitavelmente alegre.

Bom dia!

Estou a 3 horas de zarpar para Beja, para uns dias de absoluto descanso! E hoje o tempo está a meu favor, acordei com o sol a bater-me na cara. :)

Estou a tão necessitada disto que até me apetece fazer erros ortográficos. Com tantas voltas e reviravoltas que têm acontecido quem não quereria ir para um sítio em que, supostamente, tudo acontece muito mais devagar e nos podemos alimentar estritamente à base de pão, porco preto e cação? Ah e as sopas de cavalo cansado, essas não escapam! (isto promete).

Independentemente das más decisões que tenha tomado nos últimos dias, hoje ninguém me tira a boa disposição...e prometo trazer fotografias para gerar inveja geral! ahah kidding.

Outra novidade: eu e a Canadiana decidimos armar-nos em mochileiras e a próxima paragem, esta semana vai ser Coimbra! Também promete e o que não vai faltar neste blog é um relatório minuncioso sobre tudo o que acontecerá!

Tenho de terminar este post. Ainda me falta ir carregar o Ipod e acabar a mala...

Boa Páscoa.

Estou tão atrasada!


MARGOT

terça-feira, 30 de março de 2010

"EU FUI"

Clube de Comédia, um grande espectáculo na melhor das companhias.
Aquela hora e meia soube-me a pato. Já nem me recordo à quanto tempo não me ria tanto.. e eu que tanto me ria assim, antes.
Adorei. Sexta-feira, dia 26, no Casino de Lisboa com casa cheia.  Receava que me arrependesse mas estiveram à altura. Eduardo Madeira, Bruno Nogueira, Nilton e o Aldo Lima estiveram muito bem , parabéns! O Francisco Menezes, na minha modesta opinião, é que ficou um pouco aquém do que poderia ter feito. O humor do Óscar Branco, já não aprecio tanto. Gostos.
A fome está a dizer olá, até logo meus caros.

Alice.

Untitled

O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a Ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante o nosso período de sono. Em diversas tradições culturais e religiosas o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de uma expansão da consciência.

Vou contar-vos uma história, uma história de amor.
Era uma vez, duas raparigas com um amor, uma ligação tão forte que eram quase como um todo. Viviam muito felizes, até que um dia a noticia de que uma das raparigas tinha cancro abateu-se sobre elas. Felizmente ainda estava em estado inicial e começaram os tratamentos, sempre juntas. Com a quimioterapia vem a perda de cabelo, e com esta, a necessidade de o cortar/rapar. Não conseguindo a outra rapariga vê-la passar por aquele momento, decidiu que iria cortar o seu cabelo também.
Existe maior prova de amor?
E assim, juntas, passaram por cima da doença. Raparam os seus cabelos, compraram montes de perúcas e ainda se divertiram com a situação. A rapariga doente ficou bem.


Alice.

domingo, 28 de março de 2010

Barcelona...

...um sonho na melhor companhia. 3 dias noutra dimensão.


A Sagrada Família

~

A Praça Real, local onde se situava o Hostel.



A Arquitectura de Gaudi, presente em cada canto.



Casa Batló



A praia da cidade.



E o Camp Nou - Estádio do Barça.

Muito resumidamente, aqui fica uma viagem que vale bem a pena. :)
Quem diria que até nas Ramblas se pode encontrar Mau Génio Feminino?


MARGOT

quinta-feira, 25 de março de 2010

Traços.

Eu gostava de partilhar um texto com vocês. Um texto diferente sobre rãs. Devo?
Okay, mas só quando, num determinado dia, eu acordar e me sentir a mais feliz. Pode ser? Aí tenho desculpa para a parvoíce! :P

Apetece-me escrever. Este lugar é o meu refúgio. É uma gruta daquelas ao pé do mar, que guarda os meus desabafos, o rugir do bater das intempéries que se passam na minha cabeça e onde se sente o cheiro a mar das minhas indecisões.

Por falar em mar, nestas férias quero muito ir à Praia das Maçãs. Saltar até Sintra, quem sabe.
Lembro-me das visitas de estudo que fiz ao Palácio da Pena, na altura da escola primária. Nessa altura todos permaneciam no desconhecido e no ignorado. Dava simplesmente a mão a um coleguinha da escola, ouvia a professora dizer para termos cuidado para não nos perdermos e, no seio da minha infância, ignorava a existência das pessoas marcantes que cheguei a conhecer depois.

Visitei os quartos dos reis e das rainhas que lá passavam férias, subi até a uma varanda grande de onde se via Sintra submersa em nevoeiro. Foi aí que alguém, talvez a professora, disse que a lenda reza que D.Sebastião regressará numa manhã de nevoeiro. E ali fiquei eu, a imaginar um rapaz louro, em trajes antiquados, chegar até nós, ferido no corpo e na alma. Imaginação essa que nunca me iluminou com a chegada de traços de outra história, a minha história.

Enquanto eu visitava o Palácio da Pena ou corria atrás de um amigo pela Praia das Maçãs, onde será que estavam? Onde estavam os traços que me desenharam em quem eu sou agora? Todos os que amei e que amo. Todos os de quem sinto falta. Todos os planos que construímos e sonhámos juntos. Todas as etapas que superei com aquela ajuda.

É na tenra idade de ser criança que desconhecemos tudo isto, tudo o que está para além do bibe que tem de ser pendurado no cabide com o meu nome, para além da data que está escrita no quadro e que eu tenho de copiar, para além do "Até amanhã, meninos" e do beijo que a minha mamã me dá quando me vai buscar. Tudo, tudo são traços.

Mas é quando eu arrumo a bicicleta que me fez sonhar ser uma piloto de motas e depois pego no meu livro de histórias que tudo se conhece. Tento iniciar um diário mas acho demasiado aborrecido. Então escrevo uma história em que eu cresci e o tempo trouxe até mim amigos fantásticos. Lá, sou uma pessoa alegre e crescida, que tem a seu lado as pessoas mais dedicadas e amigas. Por vezes não as vejo mas elas veêm-me a mim. Ajudam-me no que podem e fazem de mim rica. Rica em amor, união e cooperação.
É aí que os traços são mais fundos e que, finalmente, me conheço.

Hoje a Canadiana fez-me pensar nisto. Um obrigada bem "badocha"!


MARGOT

domingo, 21 de março de 2010

Memorando de uma pseudo-adulta.

Está um dia perfeito para te ter
Olhar-te nos olhos e com eles te envolver.
E quando nesse dia que é perfeito
Te encostas ao meu peito,
Sinto que a luz de que és feito
foi só para eu te escolher.



Sento-me ao teu lado e olho-te
Passo a mão na água e molho-te.
Observo-te, digo o que os teus olhos verdes pedem,
"Amo-te".


E é nestes dias perfeitos
Que julgo que perdi a identidade
Foram-se a vaidade e a insensibilidade
Do meu corpo, que cresceu.
E ao mesmo tempo com ternura e simplicidade
Fazes dele, teu.

Tentas roubar-me um beijo
com ar de criança travessa.
Confesso, és tudo o que eu desejo,
sim, faz com que aconteça.

Sei que à noite gritas por mim.
consigo ouvi-lo.
e o grito que retenho no peito, é para ti,
é pena que só saiba reprimi-lo.



Não é nestes versos que moram os meus bizarros sentimentos.
Não é na escrita que estão os nossos constrangimentos.
Tudo isso mora nos dias perfeitos que passamos,
Quando a brisa passa
E calmamente, nos amamos.


10 meses a crescer contigo.

MARGOT

(peço desculpa pela demora no post. brevemente, relatório sobre Barcelona ;) )

sábado, 20 de março de 2010

...

Baby love, my Baby love, I need your love, how I need your love,
But all you do is treat me bad, break my heart and make me feel so sad,
Tell me what did I do wrong, to make you stay away so long,
Yes baby love, my baby love, I need your love

Baby love, my baby love, I'm missing ya, miss kissing ya
You said you're breaking up, let's do some making up
Don't throw our love away

Want to hold you once again my love, feel your warmth and brace my love
Don't throw our love away, please don't treat me this way
I'm not happy like I used to be, you see lonleyness discard the best of me

segunda-feira, 1 de março de 2010

Por hoje é só

["Porque é que a gente não se encontra?"  Exacto, Margot.]

Tenho andado a pensar... E sabem o que é que eu odeio mais? Aquelas caixas de 200 cotonetes, quando caem no chão da minha casa de banho. Algo que de certo já aconteceu a todos, mas ao que ultimamente tenho andado mais propícia e me afecta bastante.

Falando de outras coisas.. Quero ver se vou assistir ao Clube de Comédia! Francisco Menezes, Eduardo Madeira, Aldo Lima, Óscar Branco, Bruno Nogueira e Nilton vão estar no Casino de Lisboa de 16 a 28 de Março e, decididamente, quero ir lá meter o olho. ;) Deve ser um espectáculo digno de "e" maiúsculo.

Aproveito também para aconselhar o blog do Bruno Nogueira, que tem para lá umas coisas bonitas. :)

Vou ver se me deito. Amanhã é dia de teste e como já dizia uma professora de química, estou prestes a ter uma overdose de matéria. Saudades.

alice

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Porque é que a gente não se encontra?

Só porque eu gosto muito de fado e para chatear quem não gosta. E também porque era disto que os tugas punham a tocar em alto volume nos carros das pistas de ski...Nostalgia!

Ana Moura é uma das minhas preferidas.



este faz-me lembrar de ti.

MARGOT

Incisões e decisões ~

-- Hoje lembrei-me do ontem e repeti incansavelmente a toda a gente, com voz de desenho animado doente, " -TU PICAS-TE?" Belos tempos. --

É sabido que não estou a tirar um curso de Medicina Dentária (como referi no início do blog), essa é apenas a minha aspiração.

Pois bem, é com infelicidade que eu e os meus comparsas entramos na época das decisões. Temos média, não temos média. Queremos aquilo, não queremos. Aquela avaliação que se aproxima. O namorado divertiu-se demais. Só me apetece mandar tudo pelos ares.

No meio disto tudo surgiu outra opção. Enfermagem. Confesso que sempre impliquei um pouco com a Enfermagem, mas depois de me informar melhor e de perceber que a minha média cobre (e bem) a entrada, tomei outra opinião.

Isto,para o Salvador, é óbvio que apenas significa a minha pessoa vestida de enfermeira a perguntar-lhe "posso tratar o teu dói-dói?" Para os pais, uma vida atarefada e mal paga. Para mim, uma hipótese de fuga ao ensino privado, interesse e, quem sabe, paixão.

Resultado: Encontro-me nas ruas da amargura.

No meio de exames e repetição de exames vamos a ver no que é que isto dá. Se temos um fetiche para o Salvador ou uma médica dentária especializada em ciências dos trolhas! :)

Porque o génio não serve apenas para ser mau..

a muy nobre e intelectual,
MARGOT

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Crossing Spain - going to a white dream.

Decidi que era tempo de me mover em outras temperaturas. Escolhi os -20ºC.
Como é costume nesta altura, arrumei a trouxa e zarpei para Andorra.
São 10 horas e picos bem sofridas mas vale a pena pela paz que nos traz respirar o ar puro, sentir a velocidade e o poder de descer uma montanha. Atravessando Espanha... passar Badajoz, visitar Madrid, atravessar Zaragoza, razar Barcelona.

Andorra estava mais bela que nunca. Tinha nevado, uma visão branca pura.

Fui praticar as minhas skills de esquiadora. Os últimos dias da minha estadia foram passados a fazer "azulinhas" porque uma tempestade de neve assolou os pontos mais altos. Um vento forte, neve a voar, nevoeiro: o suficiente para me pôr a andar com o rabinho entre as pernas.

Deixo aqui a foto-reportagem:

Com a tempestade, as pistas depressa ficaram sem utilizadores.
Aqui, Madrid rodeada de montanhas "geladas". Estrada sem fim. Horas a fio. O belo do GPS, sempre útil.As pistas de Grau Roig, Grandvalira.
O monte Grandvalira.


MARGOT

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

correntes

Sinto-me acorrentada. Sinto-me acorrentada a ti.

És um idiota, imbecil, egoista e, sinceramente, já não salvas ninguém.

"Ela disse que estás assim há dois dias" - contaste tu. SIM. Há dois dias que aquilo que eu menos desejo pensar me passa pela cabeça.

Só me quero afastar de ti. Serias mais um. Mas não consigo. amo-te demais.odeio-te demais. és demais para mim.

Deixa-me...Agarra-me. Usa essas correntes para me fazer feliz contigo...porque apesar de tudo, eu sei a felicidade contigo e sabe bem saber que não estamos sós.

Sou tua.

MARGOT

sábado, 30 de janeiro de 2010

CARTA

Santorini, Grécia, 13 de Outubro de 2020
Cara Essência,

would you know my name if I saw you in heaven?



com amor, tua
MARGOT

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

In the world full of strangers you're the one I know

Estou aqui, e vou estar aí. Prometo. Basta querermos, as duas.
Encontrar-me-ás lá, no teu cantinho. E eu esperarei por ti. Mesmo que não queiras ir, mesmo que não queiras. Vou ficar lá, à tua espera. À espera que voltes para mim, que volte a ser como era, que voltemos a ser felizes, juntas. Prometo. Mesmo que esteja um frio de fazer bater o dente, mesmo que chova. Prometo. Mesmo que seja preciso ficar até anoitecer. Prometo. Não me vou mais embora, vou ficar para sempre. Não me deixes ir embora. Não vás embora. Fica! Fica comigo.
Mas aviso.. eu mudei. E tenho medo que não aceites, não queiras, que não gostes do meu novo eu. Eu não gosto.
Falta-me algo. Faltas-me tu. Mas foi nesta pessoa que me tornei. Mas não desistas. Se continuares comigo vais perceber do que te falo. Não desistas de mim, pff.
Será como que, uma última tentativa, uma última esperança, um último desejo de nós duas.
Não tenhas medo Margot. Fazes-me ter medo de mim própria. Não por mim, por ti.
Mas se para teu melhor, tiver que te proteger de mim, assim o farei. Prometo que não te faço mais sofrer, prometo. Nem que isso signifique o meu adeus.
Não fales em ligações mais fortes, não houve e "temo" que não haverá. Afinal eras tu. Tu. Sempre foste tu.

You're the one I need
The way back home is always long
But if you're close to me I'm holding on
You're the one I need
My real life has just begun
Cause there's nothing like your smile made of sun



It's fashion, baby.

Agora a moda é o Twitter. Eu ainda aderi, pus um username todo finesse e tudo. Mas quem precisa de Twitter quando se tem um Mau Génio para proliferar e partilhar...?
Pois bem. Vamos dar a este blog um lado mais fashion victim e vou postar uma frase curta, verdadeira e artística, tal e qual como no Twitter:
(freaking out) Já devo uma visita à médica dos pipis.
MARGOT

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Onde estás?

- Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós duas. Fico ali sonhando acordada, juntando o antes, o agora e o depois. -
Onde estás?
Uma chave que junta os nossos apelidos. Mas...
Onde estás?
Um olhar muito vago, por entre uma multidão de adolescentes entediados.
Onde estás? Não vejo...
A ânsia de ceder contra o que me ensinei, quebrar todas as regras que impus.
Quero voltar.
Mas tenho medo de não te encontrar. Onde estás?
Onde estás realmente? Promete mais. Promete mais. Promete que te encontro, Alice. Promete que nos encontro.
Se eu voltar e não te encontrar...nem quero pensar. Desvaneço-me em infelicidade talvez. Mas aí já não irá haver ninguém que me puxe do fundo. Nem eu própria.
E se não te encontro? Perco tudo o que construí sozinha. E demorou tanto. E custou tanto.
E se não me encontras? Eu quero que me encontres. Grita e eu ouço.
Queria reivindicar-te só para mim, como dantes. Mas sei que nunca mais serás só minha. Nunca suportaria sentir-me inferiorizada por ligações mais fortes que a minha, não suportaria ficar no teu 3º plano. Não suportaria não ter a importância que costumava ter. Sim, sou egoísta. Mas a culpa também é tua. Habituaste-me mal. Deste-me o teu melhor lado e agora sou 8 ou 80. Deste-me amor. Dá-nos agora, também, tempo.
Tempo : apresento-te o meu novo melhor amigo.
Um grito, o soar de algo que me parece o silêncio. O vácuo que fica por preencher em mim.
és tu.
MARGOT
PS - são os ratinhos com o ar mais ai-que-me-doem-os-rins que eu já vi. nomes: cocó, ranheta e facada.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Posso?

Não quero prometer. Sempre que digo aos meus pais "sim, eu prometo que vou tirar melhores notas" ou "sim pai, prometo que não ando mais à briga com os gémeos", ambos sabemos que isso não vai acontecer, mas mais uma vez eu tento cumprir, e eles tentam acreditar em mim. A única coisa que posso prometer é que vou continuar agostar muito de ti, para sempre. Prometo.
Mas eu juro, juro que não vou deixar continuar esta situação, este despedaçar de corações.
A minha professora de espanhol está grávida, e isso faz-me lembrar de quando dizias que tinha um ar maternal, umas maminhas de grávida e que estavas para ver a educação que vou dar aos meus filhos... Quero ter-te lá nesse momento. Quando o bebé nascer, nos seu aniversários, no seu casamento... Quero que continues a viver comigo a minha vida, porque tu fazes parte dela! Afinal de contas continuo a rir contigo, a cantar contigo, a sonhar contigo... a fazer tudo contigo, mesmo que tu não o saibas. ( Por falar em bebés, como vão as crias do Zé? )
Estás demasiado entranhada em mim para te deixar ir embora. Quero-te outra vez. Quero continuar a escrever a nossa história. Temos demasiado para mostrar ao mundo.
Posso acordar amanhã e agir como se não tivesse passado nada, podemos?
Posso voltar, podemos?
Tenho saudades do "o que é que fazemos na quinta?".
Tenho saudades. "E não são muitas. E não são poucas. Bastantes."

Tenho vontade de ti.

Depois de um dia bastantes cansativo e de uma noite bem sofrida, chego a casa, ligo o computador, ponho uma música relaxante a reproduzir, e pressiono umas teclas na esperança de nos visitar uma vez mais.
(...)
Há algo de novo. Pára tudo. Páro a música, quero concentrar-me. Leio, penso, paro uma vez mais. Só queria conseguir evitar ter de pensar, pensar, pensar... Invade-me uma sensação de loucura. Só quero que o equilíbrio, chegue, volte para ficar. Cada mensagem, cada palavra...Há um poema de Alexandre O'neill que diz que as palavras nos beijam. As tuas entram-me na cabeça e não saem mais de lá. Vejo-as nos meus sonhos e, se conseguisse, vê-las-ia nos teus olhos.
E leio. A loucura. A loucura por te procurar. Só queria que o dia em que te abraçaria de novo chegasse. Só queria que prometesses que te manténs inteira e igual, que continuas a adorar-me, que não mudaste. Só queria prometer que eu não mudei. Mas promessas já nós quebrámos muitas...no entanto, ainda acredito nelas. Não me bastas, Alice. Eu quero o resto de ti.
Tanta coisa por te contar, coisas importantes na minha vida, que me faz falta contar-te. Saber a tua opinião, consolares-me quando preciso. Apertar a tua barriga e ver-te refilar uma vez mais. Tudo o que eu quero de volta. Não consigo viver neste impasse.
Se eu tivessemos a certeza de que resultaria, eu não hesitaria em olhar-te nos olhos outra vez, sentir-te o calor nas mãos num abraço sincero. Eu só não quero passar outra vez por uma tempestade.
O Salvador já não sabe o que fazer. Mas nesta altura, já não há salvador que me aguente as noites. Noite-malvada. De semana a semana sonho que nos ríamos juntas disto tudo. E quando acordo...sinto pena de mim própria por ter sido tão enganada por um mero sonho. Sinto-me ridícula.
Pergunto-me se será assim para sempre. Se me vou lembrar de como te perdi. Se te vou escrever cartas, se vou mostrar fotografias tuas aos meus filhos, como sempre sonhei fazer.
E se houver uma chance? Something that makes dreams come true.
A loucura dá-me adrenalina. Sinto um impulso de escrever. Escrevo aceleradamente o que vai saíndo com vontade. Sempre tento não o fazer, mas há tanta vontade.
Tenho vontade...
Tenho vontade de ti.
MARGOT