terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tenho vontade de ti.

Depois de um dia bastantes cansativo e de uma noite bem sofrida, chego a casa, ligo o computador, ponho uma música relaxante a reproduzir, e pressiono umas teclas na esperança de nos visitar uma vez mais.
(...)
Há algo de novo. Pára tudo. Páro a música, quero concentrar-me. Leio, penso, paro uma vez mais. Só queria conseguir evitar ter de pensar, pensar, pensar... Invade-me uma sensação de loucura. Só quero que o equilíbrio, chegue, volte para ficar. Cada mensagem, cada palavra...Há um poema de Alexandre O'neill que diz que as palavras nos beijam. As tuas entram-me na cabeça e não saem mais de lá. Vejo-as nos meus sonhos e, se conseguisse, vê-las-ia nos teus olhos.
E leio. A loucura. A loucura por te procurar. Só queria que o dia em que te abraçaria de novo chegasse. Só queria que prometesses que te manténs inteira e igual, que continuas a adorar-me, que não mudaste. Só queria prometer que eu não mudei. Mas promessas já nós quebrámos muitas...no entanto, ainda acredito nelas. Não me bastas, Alice. Eu quero o resto de ti.
Tanta coisa por te contar, coisas importantes na minha vida, que me faz falta contar-te. Saber a tua opinião, consolares-me quando preciso. Apertar a tua barriga e ver-te refilar uma vez mais. Tudo o que eu quero de volta. Não consigo viver neste impasse.
Se eu tivessemos a certeza de que resultaria, eu não hesitaria em olhar-te nos olhos outra vez, sentir-te o calor nas mãos num abraço sincero. Eu só não quero passar outra vez por uma tempestade.
O Salvador já não sabe o que fazer. Mas nesta altura, já não há salvador que me aguente as noites. Noite-malvada. De semana a semana sonho que nos ríamos juntas disto tudo. E quando acordo...sinto pena de mim própria por ter sido tão enganada por um mero sonho. Sinto-me ridícula.
Pergunto-me se será assim para sempre. Se me vou lembrar de como te perdi. Se te vou escrever cartas, se vou mostrar fotografias tuas aos meus filhos, como sempre sonhei fazer.
E se houver uma chance? Something that makes dreams come true.
A loucura dá-me adrenalina. Sinto um impulso de escrever. Escrevo aceleradamente o que vai saíndo com vontade. Sempre tento não o fazer, mas há tanta vontade.
Tenho vontade...
Tenho vontade de ti.
MARGOT

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