terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Fazes-me falta, merda - já te disse?

Chamo-lhe amor para simplificar. Há palavras assim, que se dizem como calmantes. Palavras usadas em série para nos impedir de pensar. O que existia, existe, entre nós, é uma ciência do desaparecimento. Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afastaram dos teus. Agora que os teus olhos se fecharam sei que não voltarás a devolver-me os meus.
Mas quantos dias demorarei a esquecer o teu rosto? Lembro-te a cada minuto. É a ti que vejo porque não consigo deixar de pensar em ti. És a única que não posso algum dia esquecer, nem quero. Esquecemos alguma vez uma parte do que somos? Esquecemos apenas o que podemos isolar na lembrança.

Deus omnipotente, acorda do Teu sono eterno e vai dizer à minha amiga o obrigado que eu não soube sussurrar-lhe ao ouvido.


Alice

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